Meu intercâmbio e a volta ao Brasil: Alana Matos Santana Jorge

Estou amando os textos sobre o intercambio dos meus amigos! O texto de hoje é da Alana, que além de todas as experiencias positivas adquiridas nesse tempo fora, ela ainda conheceu seu marido durante o intercambio! A Irlanda é mesmo mágica, muda a vida das pessoas!

Christ Church ao fundo - Dublin

Christ Church ao fundo – Dublin

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Meu intercâmbio e a volta ao Brasil: Aline Meira

Esse é o segundo post sobre pessoas que fizeram intercambio na Irlanda e voltaram ao Brasil. Acho muito legal saber o que o intercambio significou na vida delas e quais as expectativas para o futuro na nossa terra (ou no próximo destino)!

Eu conheci a Aline na minha primeira semana de aula aqui, pois estudamos juntas por alguns dias. E parece que foi ontem que a encontrei na Penneys e ela me disse que estava voltando pro Brasil! Se voces tambem gostam de ler sobre a experiencia de outras pessoas, assim como eu, fiquem com o texto da Aline 🙂

Powerscourt garden

Powerscourt gardens

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Meu intercâmbio e a volta ao Brasil: Pedro Mariano

Esses dias eu estava pensando num dos maiores conflitos que temos ao morar longe: quando voltar? Ou não voltar? Eu e todos os meus amigos intercambistas passamos por isso. Ja faz 2 anos e meio que estou aqui e meu visto vence em dezembro. Alguns dos meus amigos ja voltaram pro Brasil, outros estão no mesmo dilema que eu.

Entao eu pensei em quem ja passou por isso e ja tomou a decisão de voltar. Fiquei curiosa pra saber como esta sendo essa nova fase na vida delas. E por isso perguntei a alguns amigos que ja voltaram: como eles veem a experiencia do intercâmbio e como foi voltar ao Brasil?

O Pedro é um dos grandes amigos que fiz aqui, nos conhecemos logo na primeira semana pois ficamos no mesmo hostel e estudamos na mesma escola, mas em salas diferentes. Uns meses depois viramos flatmates. Foi uma pena ele ter ido embora, mas acredito que ele tenha tomado a decisao certa para aquele momento da vida dele.

Estao curiosos? Entao fiquem com o relato dele:

pedro-irlanda

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Mulheres brasileiras na Irlanda: como nos sentimos em relação a segurança e assédio

Foto: Patricia Lacerda

De vez em quando um caso de assédio ou estupro vem a tona e as pessoas começam a falar sobre isso. Achei importante aproveitar o momento pra falar sobre um dos motivos que me faz querer morar aqui e nao voltar para o Brasil.

Eu nao sei a experiência de todas as mulheres aqui na Irlanda (por isso perguntei a duas amigas e o depoimento delas esta aqui no final do post), mas por mim posso dizer que é libertador poder andar na rua a qualquer hora do dia e com qualquer tipo de roupa e não ter nenhum olhar malicioso pra cima de voce, nenhum comentário ridículo de algum nojento que se acha no direito. Poder andar sozinha as 2 da manhã e nao me sentir em perigo e ameaçada só por ser mulher. Isso não tem preço!

A segurança é realmente um fator muito forte que nao me faz querer voltar para o Brasil. Eu sempre vivi com medo la e aqui eu nao sinto isso. Obvio que aqui nao é o paraiso, tem crimes sim, em escala muito menor, e os homens nao sao treinados desde pequenos pra mexer com mulher a rua. Quantas vezes ja vi meninas andando com roupas super curtas, e ao observar os homens que estavam ao redor, nenhum sequer olhou para o corpo da menina. Acho simplesmente ridiculo a cultura brasileira nesse aspecto: pode mexer, assoviar, estuprar, e quando acontece, a mulher é maluca, exagerada, feminazi, ta mentindo, tava usando roupa curta, devia estar em casa…

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”Me perdoem por estar tão longe”

Esses dias alguem compartilhou esse texto no Facebook e achei tao perfeito pra descrever a melancolia/tristeza/saudade que da as vezes por morar longe das pessoas que mais amo. Poderia falar um monte aqui sobre isso mas vou deixar apenas o poema!

Me perdoem por estar tão longe

E por tentar estar presente com tão pouco.
Venho pedir que me desculpem
Por todos os dias em que eu não estou
Por todos aniversário aos quais eu não vou
Pelas tantas vezes em que a ligação falhou
Por ter que ser tão menos do que realmente sou

Venho dizer o quanto sinto
Por todos os almoços em que meu lugar sobra
Por ainda não ter visitado a casa nova
Por não ter ajudado com as coisas da obra
Por tantas vezes colocar o amor de vocês à prova

Eu juro que queria
Queria ter ajudado a sarar todas as doenças
Queria poder ser verdadeira presença
Queria segurar aquelas sacolas imensas
Queria fazer massagem nas suas costas tão tensas

Venho me desculpar
Por todos os copos de água que eu não busquei
Por toda louça suja que eu não lavei
Por todas as piadas que eu não contei
Por todas as dores que eu não abracei

Eu juro que queria
Segurar os cabelos de quem vomitava
Segurar o elevador para quem demorava
Segurar a onda de quem tanto chorava
Segurar as mãos sem precisar dizer nada

Me perdoem
Por ser uma imagem na tela do celular
Por ser um áudio que eu nunca termino de gravar
Por ser uma história que nunca dá tempo de contar
Por ser uma ausência com a qual vocês aprenderam a lidar

Me desculpem
Pelos tropeços dos quais não ri
Pelos pensamentos que eu não li
Me desculpem
Por saber o quanto minha falta dói por aí
E por não saber fingir
Que ela não dói
Igualmente
Sempre
E tanto

Aqui.

Fonte

irlanda

O mofo em Dublin…

Trabalhar com clientes às vezes irrita. Trabalhar com clientes franceses, italianos e americanos pode irritar muito mais. Claro que a gente tem sempre que tentar resolver os problemas da melhor maneira possivel para o cliente e nunca perder a paciência, mas é impossível não rir – ou se irritar – por dentro, e cada uma que a gente escuta! Vou contar aqui no blog alguns casos que a gente tem que resolver aqui na agência.

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Visto de estudante (brasileiro) na Irlanda: o que mudou

Desde que eu comecei a planejar meu intercâmbio e desde que eu cheguei aqui, várias coisas já mudaram em relação ao nosso visto de estudante. E essas mudanças estão dificultando a nossa vida, pra ser sincera! Quer dizer, diminuíram nossas horas de trabalho, diminuíram as opções de curso, diminuíram a validade do visto, enquanto os preços das escolas aumentam… Não tá fácil!

Ano que vem vai ser meu terceiro ano aqui, a última chance de renovar o visto com curso de inglês, depois disso só fazendo faculdade ou outro curso de nível semelhante/superior. Já pensei várias vezes se vale a pena continuar aqui ano que vem. Ô dúvida cruel! Eu amo a Irlanda, amo morar aqui, mas as coisas estão ficando mais complicadas.

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1 ano de intercâmbio – o que teve?

Não vou começar falando que o tempo passa rápido e blabla porque já falei isso várias vezes! Então, chegou a hora do tão esperado (por mim) post sobre meu primeiro ano na Irlanda! (já se passaram quase 2 meses que fiz um ano mas ok)

Resuminho: Cheguei em 20 de março de 2014. Estudei inglês na Ned Training Centre. Estagiei, trabalhei, fiz trabalho voluntário, fui babá de cachorro. Viajei. Me apaixonei pela Irlanda e gosto muito da minha vida aqui!

Intercâmbio não é fácil (a não ser que você seja rico e não tenha que se preocupar com grana, claro), porque você está num lugar diferente, língua diferente, precisa trabalhar e estudar, pagar contas, está longe da família… Mas é uma experiência incrível! Não me arrependo nem um segundo.

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O que te impede de ir?

Muitas pessoas me perguntam todo dia sobre o intercâmbio. A maioria diz que sempre quis ir pra outro país mas nunca teve coragem. Eu sempre tento incentivar todo mundo a se planejar e sair do lugar, porque é possível! Precisa de dinheiro? Sim. Precisa deixar pra trás sua vida antiga e as pessoas que você ama? Sim. Mas a recompensa pessoal que vale a pena.

Cada um tem seus motivos pra querer mudar pra outro país: estudar um idioma e voltar pro Brasil pra conseguir um emprego/salário melhor, viajar pra conhecer muitos lugares novos, ou simplesmente ir! Meu caso era esse último. Aprender inglês, claro, mas eu queria ir pra longe, conhecer coisas diferentes, sei lá pra onde, mas não queria ficar mais na mesma. Ter passado 28 anos no mesmo lugar já era demais pra mim. E se fosse um lugar que eu amasse e me deixasse satisfeita, eu até ficaria, porque não? Mas eu não estava feliz com o lugar em que estava. (Sem contar, claro, a família e os amigos, porque perto deles qualquer lugar fica bom)

As pessoas falam ”nossa, que coragem” quando eu falo que decidi vir pra Irlanda e não sei quando volto. Não acho que seja coragem não hahaha. É vontade + planejamento. É se desapegar de algumas coisas. Quase todo mundo que está aqui, que eu conheço, deixou um bom emprego no Brasil, família, amigos, namorados. Se é isso que você quer fazer, comece!

A experiência de fazer um intercâmbio é incrível, isso eu posso garantir, mas é diferente para cada um. Eu, como mais um monte de blogueiros pelo mundo, conto aqui no blog as minhas experiências, dicas, etc, mas não vai acontecer com você exatamente o que aconteceu comigo.

Você pode achar que é complicado viver num país com cultura e educação diferentes do que estamos acostumados. Pode achar o cúmulo ter que trabalhar cuidando de criança, servindo comida ou limpando uma casa pra ganhar dinheiro aqui. Pode achar insuportável ficar longe da família e até pode achar difícil aprender inglês já que vai encontrar tantos brasileiros aqui. Mas também pode se encantar com cada paisagem linda desse país e se apaixonar pelas passagens baratas para outros países da Europa, por poder viajar no fim de semana já que tudo é tão perto, pra nós que estamos acostumados com um país gigante. Pode achar bonito ver as 4 estações passando diante dos seus olhos, tão contrastantes, mas também pode se irritar com a chuva e o frio.

Nem tudo será perfeito, mas, aposto que você vai ter mais coisas pra se orgulhar do que se arrepender. Além de aprender ou aperfeiçoar uma nova língua, você vai saber muito mais sobre você mesmo, pois vai viver coisas que não vivia antes. Vai ter que se virar sozinho, resolver problemas, procurar soluções, conviver com outras pessoas, de vários lugares do mundo.

Se você está em dúvida se vai ou fica, se faz um intercâmbio ou não, pare pra pensar: você está feliz onde está? Ou queria estar em outro lugar? Se você está satisfeito e poderia viver até o fim da vida aí sem se arrepender, ótimo! Mas, se não, o que pode fazer pra conseguir isso? Seja pra Irlanda ou outro lugar, pense no que te prende aí. Trabalho? Isso é a coisa mais fácil entre todas as coisas que temos que deixar pra trás. Estabilidade? Família, namorado? A maioria das pessoas que vem pra cá fica 1 ano ou 2. Gente, o que é um ano? Nada. Passa muito rápido. Logo você vai estar de volta (se quiser voltar), mas trazendo uma bagagem que ninguém mais vai ter igual.

Eu demorei mais ou menos uns 2 anos entre decidir-planejar-ir. Meses e meses num trabalho sem graça, pesquisando sobre intercâmbio, já fazendo planos e roteiros, com um mini globo na minha mesa de trabalho e a cabeça lá longe. E eu aguentava tranquila porque sabia que era o esforço necessário (juntar dinheiro) pra daqui a pouco estar longe vivendo uma vida diferente.

Eu sempre digo quando alguém pergunta: a vida é SUA, e você tem só uma (até que provem o contrário), vai passar o tempo todo fazendo algo que não quer ou morando onde não quer? Algumas pessoas ficam felizes com um marido, filhos, uma casa e um carro e morar na mesma cidade pra sempre, envelhecer e morrer. Às vezes eu até queria me contentar com isso, mas não dá. Não sei como será a minha vida no ano que vem e essa imprevisibilidade não me incomoda! Quero que a minha vida seja medida pelas memórias boas que terei e não pelas coisas ou pessoas que tive.

irlanda

Trim – Irlanda

9 meses na Irlanda (e bye bye 2014)

Faz tempo que não faço um post geral pra contar como estão as coisas. Na verdade não mudou muita coisa, mas ao parar pra pensar que já se passaram 9 meses desde que cheguei aqui, fico em dúvida se passou muito rápido, ou aconteceu tanta coisa que perdi um pouco a noção do tempo.

🙂 A grande mudança foi a decisão de continuar aqui ano que vem, ou seja, renovar meu visto de estudante. Ele vence em março, e pra isso já fechei com outra escola mais um curso de inglês de 6 meses. Eu queria muito outro curso mas como agora a lei mudou pro ano que vem, ficou bem restrito o número de cursos que podemos fazer. Então fechei com a Grafton College e o novo curso começa em abril.

Na verdade desde o começo eu sabia que queria renovar, não pensei realmente em voltar pro Brasil tão cedo, a única dúvida é se eu teria o dinheiro, mas apertei bastante as contas e está dando certo.

😦 Infelizmente não vou poder ir pro Brasil de férias em janeiro. Ficou inviável, pois teria que comprar outra passagem pra voltar depois, e como comecei a pagar a escola pra renovar o visto, foi-se todo o meu dinheiro.

A parte triste é que: não sei quando vou ver minha família do Brasil, já que ninguém tem planos de vir me visitar. Eu quero ir ano que vem, pra ficar um mês, mas não sei quando ainda.

🙂 Mudei de casa, agora estou morando em D7 (Já morei lá, mas agora é outro bairro).

🙂 Viajei pra Espanha 2 vezes, em novembro e dezembro, conheci Barcelona, passei o natal com a minha tia e vi a neve!

🙂 Também viajei um pouco pela Irlanda, e pra Londres.

😦 Estou passeando bem menos por Dublin esses últimos meses. Trabalhando o dia todo não me sobra tempo pra nada.

🙂 Voltei pra escola em novembro, mas em dezembro já entramos de férias e só volta dia 12 de janeiro. Acabo meu curso (finalmente) em meados de fevereiro.

🙂 No trabalho continua tudo bem. Agora sou a terceira mais antiga lá, já fiquei responsável pelo escritório todo por uns dias! haha Alguns clientes viraram meus amigos, alguns momentos estressantes, mas tudo correndo bem.

🙂 Falando em escola, fizemos uma despedida com as meninas da sala, alguns alunos de outras salas e alguns professores, e foi a noite mais louca que tive aqui na Irlanda! Sem detalhes, claro! haha

🙂 Estou cada vez mais apaixonada pela Irlanda. Apesar de Dublin ser pequena, ou talvez por isso mesmo, adoro essa cidade, e ainda assim descubro um novo cantinho ou uma nova paisagem bonita a cada esquina. Estava linda na primavera, quando cheguei, passamos pelo verão, o outono chegou e se foi rápido deixando a cidade super bonita e o inverno levou todas as folhas embora e trouxe frio e gelo. Mas até agora nada tão horrível. E ainda espero neve aqui, por favor São Pedro, St. Patrick ou seja lá quem for…

🙂 E os planos pro Ano Novo? Pra quem está aqui, o que vocês vão fazer? Já sei que o Ano Novo aqui não é lá essas coisas. Estou pensando em dar uma volta na rua à noite e depois reunir os amigos para a ceia, talvez aqui em casa.

Enfim, 2014 foi o melhor ano da minha vida e espero que 2015 seja ainda melhor. Feliz ano novo pra todo mundo e obrigada por acompanharem o blog! ❤