Casa Rosada e a Mafalda

Vou falar mais um pouco de Buenos Aires! Porque é bom lembrar dos dias legais que passei lá e porque se eu não escrever logo, esqueço. Pois é, para a minha cabeça, nem tudo o que é bom é inesquecível, infelizmente.  Alguém por favor avise meu cérebro de que ele deveria guardar as coisas.

No domingo 23.09.12 saímos já um pouco tarde do hostel pra fazer a visita à Casa Rosada. Eu não sei se esse passeio foi imperdível, acho que foi importante conhecer (eu não sabia nada sobre o lugar), mas pelo pouco tempo que tinha, acho que poderia ter visitado outros lugares.

Todos os domingos a partir das 10h começam as visitas guiadas gratuitas (ouvi dizer que também aos sábados e feriados). A fila na entrada era grande, mas andou rápido, detector de metais, saguão. Ali fica a Galeria de Patriotas Latinoamericanos, criada em 2010, cheio de quadros e informações sobre eles, como por exemplo Che Guevara, Getúlio Vargas, Tiradentes, Manuel Belgrano, Eva Perón, Hipólito Yrigoyen, Hugo Chavez e outros. Eu achei que ali já tinha começado o passeio, até que vi uma fila…

A fila do lado direito era para pegar a senha, demorou pelo menos meia hora. Com o papelzinho meio esverdeado que o cara disse que era celeste, fomos esperar na outra fila. Mais meia hora, e nosso grupo foi chamado. A guia perguntou de onde era todo mundo e tinha a) vários argentinos, b) uns 3 de língua inglesa e c) muitos brasileiros. E ela só falou em inglês e espanhol.

Andamos por várias salas, como: Salão das Mulheres, Sala da Presidência, Salão Norte, Salão Branco, Jardins Internos (vistos de cima)… Nem todos os ambientes podem ser visitados. Em um dos corredores, por exemplo, você não pode parar pra tirar foto, tem que passar andando sem parar ali. Muito mármore, tapeçarias, pinturas, luzes e dourado.

Na saída, já passando da 1h da tarde, fomos procurar a Calle Defensa para seguir por ela até a Feira de San Telmo. Demos uma voltinha básica e nos afastamos umas 5 quadras dali, pra depois voltar e ver que a rua era na verdade BEM AO LADO da Plaza de Mayo onde fica a Casa Rosada. No começo da rua já começam as barraquinhas: lenços, cachecóis, ímãs, camisetas… E você olha pro fim da rua e não vê o fim. E ela toda cheia de cabecinhas que se perdiam no horizonte… Fomos seguindo o fluxo, parei em algumas banquinhas pra ver os preços, mas eu estava numa fase tão mão de vaca nessa viagem que não me atrevia a comprar nada.

Depois de andar uns minutos vi uma banquinha única até então, de temperos, pimentas e doce de leite. Vi um vidro de molho de pimenta com outras coisas dentro e a etiqueta “Chimichurri picante”, na hora lembrei da tia Kátia que, quando soube que eu ia pra Argentina, me recomendou comer carne com chimichurri. Comprei um vidro (28 pesos) pra mãe porque ela adora pimenta e sempre compra nas cidades que visita. E foi só, mais nada de lembrancinha pra ninguém porque a Argentina não é mais um país tão barato pra compras!

Logo começaram a aparecer (por trás das banquinhas na calçada) as lojinhas de antiguidades, símbolo da Feira de San Telmo. Aliás, antes de ir eu achava que essa feira era só de coisas antigas mesmo, mas na verdade também tem muita coisa atual, roupas, souvenirs etc. Tem inclusive uma lojinha chama Oh My Love que é tipo uma Imaginarium, cheia de coisas fofas e bacanas e ótimas pra presentes. Mais adiante, vi uma sorveteria Abuela Goye e como ainda não tinha experimentado o famoso sorvete de dulce de leche, fui lá gastar 16 pesos em um copinho “chico”. Mas o sorvete era muito bom!

Pra comer, eu não queria perder tempo num restaurantes, olhando o cardápio, esperando a comida chegar… apesar de gostar de comer isso me parece perda de tempo numa viagem curta. Várias pessoas recomendam o Desnível, dizem que a comida era boa e barata. Até cheguei a entrar lá mas estava muito cheio. Também vi a Brasserie Petanque, de comida francesa, que vi no blog Matraqueando, mas também não quis gastar uma hora lá, e olha que a comida nem é cara, o menu du jour pelo menos.

Nem precisou olhar no mapa para ver quando chegaríamos até o cruzamento da Defensa com a Chile – na esquina do lado esquerdo tinha um banquinho, uma estátua e uma fila de pessoas pra tirar foto com ela: a Mafalda! ❤ ❤

Eu adoro as tirinhas e a estátua era praticamente um ponto turístico pra mim. esperei uns minutinhos na fila e logo sentei com ela pra tirar as fotos. Só era uma pena estar tão cheio ali, nem deu pra bater um papinho ou tirar mais fotos com ela. Aí é só rezar pra você não ter ficado horrível na foto.

De novo olhamos para o fim da rua e… de novo não dava para ver o fim. Só um rio de cabecinhas que seguia reto até sumir ao longe… Arregamos! Não deu ânimo de ir até o final, já estava cansando, com fome e a rua estava muito cheia. Passei numa lanchonete e comprei empanadas (eu já estava viciadas, são gostosas e baratas e tem em toda esquina – mas as nossas saltenhas são bem melhores!) pra levar. Voltamos pela longa rua no caminho contrário e pegamos o metrô.

Pra onde? Fica para outro post!

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